quinta-feira, 27 de março de 2008

AMAR É

AMOR MATERNO

O amor materno não deve ser subjetivo, e sim objetivo.
O amor subjetivo, por maior que seja, não serve à criança e ao seu desenvolvimento, não ajuda a formar sua personalidade, não dá a atenção, o apoio e a compreensão que a criança precisa.
O amor materno deve ser sempre traduzido em ações.

Amar, em primeiro lugar, é ser responsável.
Amar é dar ao bebê todas as vacinas.
Amar é respeitar o direito de chorar e o direito ao colo.
Amar é ter paciência na fase das cólicas.
Amar é compreender a criança, entender seu sentimento de posse e perceber a diferença entre egocentrismo e egoísmo. Amar é não falar tatibitate, respeitar a criança que brinca com o próprio corpo para se descobrir.
Amar é entender a criança quando passa pela fase do “não”. Amar é entender os conflitos que a criança cria e a sua agressividade.
Amar é ensinar regras e depois estabelecer limites coerentes e consistentes.
Amar é não negar os sentimentos e a percepção da criança.
Amar é reconhecer o direito que a criança tem de brincar e entender que a brincadeira é o seu trabalho.
Amar é evitar todo castigo físico e só punir com justiça, no tempo certo e jamais humilhar a criança. Amar é saber que palavras e atitudes também agridem.
Amar é evitar o excesso de sugestões.
Amar é compreender o medo infantil e os pesadelos da criança.
Amar é receber bem o amigo imaginário da criança.
Amar é deixar que a criança coma sozinha, mesmo que ela se suje.
Amar é respeitar seu direito à fantasia e estimular suas manifestações, é criar condições para que ela risque e rabisque, pondo para fora seus fantasmas e suas frustrações.
Amar é preparar a criança para as mudanças e entender que cada uma delas pode ser vista como uma perda.
Amar é respeitar o direito da criança de ser alguém, de ter personalidade e favorecer sua descoberta do “eu”, para que ela possa entender o outro.
Amar é permitir que a criança explore e faça suas descobertas, é dar respostas claras às suas perguntas.
Amar é não mentir e não enganar a criança, para que ela cresça confiante.
Amar é entender que a vaidade é necessária.
Amar é compreender que um dia a criança vai começar a nos criticar, a criticar nossas idéias e ações, e que isso é normal e natural.
Amar é estimular a criança a assumir responsabilidades, mas não explora-la em atividades domésticas ou incompatíveis com sua idade.
Amar é não apressar a criança a crescer, nem mesmo vestindo-a como um adulto em miniatura.
Amar é contar histórias e ouvir histórias.
Amar é ensinar a ela que os monstros podem ser vencidos.
Amar é acreditar na criança e nas suas potencialidades.
Amar é preparar a criança para as perdas, inclusive a morte.
Amar é fazer da hora de comer um momento de satisfação, de alegria, não de pressão e tortura. É respeitar o paladar da criança.
Amar é entender o ciúme do irmão mais velho.
Amar é dar parâmetros morais e permitir que a criança tenha sua religião.
Amar é não abandona-la diante da televisão.
Amar é ter a consciência de que é possível aprender a amar, que amar é difícil, mas muito gratificante, porque é amando que somos amados.
Amar é acreditar que ser é mais importante que ter e, independente das dificuldades da vida, é criar todas as condições para a criança ser feliz.

Extraído do livro Escola de Pais, de Luiz Lobo.

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