quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

ALEXANDRE, O GRANDE

A beira da morte, Alexandre convoca seus generais e seu escriba e relata seus três últimos desejos:

1) Que seu caixão seja transportado pelas mãos dos mais reputados médicos da época;
2) Que seja espalhado no caminho até seu túmulo, seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas, etc...);
3) Que suas duas mãos sejam deixadas balançando no ar, fora do caixão, a vista de todos.

Um de seus generais, admirado com esses desejos insólitos, pergunta a razão destes. Alexandre explica então:

1) Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão, para mostrar aos presentes que estes NÃO têm o poder de cura perante a morte;
2) Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;
3) Quero que minhas mãos balancem ao vento, para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos, de mãos vazias partimos.

Cuidado com o SER, o PODER e o TER. São eles as maiores forças ou fraquezas do ser humano.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

É POSSÍVEL AMAR O DIFERENTE?

Neste texto Cecília conseguiu expressar nossa fragilidade enquanto seres humanos, com sentimentos, emoções e dúvidas. A diferença entre a criança sonhada e a criança recebida, seja ela vinda de uma gestação biológica ou adotiva. O que vale é a capacidade de nos abrirmos para o que já está reservado pra nós. E assim se cumprem os Planos de Deus em nossas vidas. Leiam, vale a pena!

Adoção: Sonho x Realidade
por Cecília A. F. Zelic
Presidente da Associação Projeto Acolher


Que pai ou mãe não sonha sucessos e alegrias para seus filhos? Quem de nós não os vê inteligentes, bonitos, brilhantes, vencedores e admirados? É, portanto, muito comum pais e mães idealizarem seus filhos e, muitas vezes, projetar neles tudo o que gostariam de alcançar...

E isso acontece desde a gestação (biológica ou adotiva) dos nossos pequeninos: “será parecido com a mãe?”, “terá a altura e a força do pai?”, “quem sabe a inteligência do avô ou o gênio da avó!”... Creio não haver nenhum mal nisso... acho mesmo que faz parte da construção de nosso amor por eles.

Mas, às vezes, é preciso reconstruir e repensar estes nossos sonhos, pois a realidade nos surpreende e “derruba” muitas de nossas idealizações e nos coloca diante de realidades diferentes das sonhadas (nem melhores, nem piores, apenas diferentes...). Como lidar com estas realidades diferentes? É preciso refletir sobre elas e nos prepararmos para assumi-las.

Na adoção é comum isso acontecer: desde o momento da decisão até a chegada do filho. Quantos de nós sonhávamos com uma gravidez: a barriga crescendo, o bebê chutando, o nome dele na porta do quarto, um bebezinho com a nossa cara no berçário da maternidade... e, de repente a realidade nos traz... a Infertilidade!
Há que se encontrar, então, um momento de recolhimento, para sofrer a tão grande dor da frustração de não ver o tão almejado sonho realizado... Depois há o momento de se recompor, recomeçar, buscar novos sonhos, de construir novas esperanças e seguir em frente. Daí... novas idealizações!


De repente, o chamado para conhecer uma criança, que nem sempre tem as características solicitadas no momento do cadastro para adoção ou sonhadas durante a longa gestação adotiva. Novamente nos vemos diante do confronto entre Realidade e Sonho!

Além disso, muitas vezes, este é o momento em que nos deparamos com nossos preconceitos e, principalmente, com nossa capacidade ou incapacidade para superá-los...

Será possível amar o diferente? Será possível amar o não sonhado? Podemos amar aquele, cuja história de vida nem sempre nos agrada?

Nossos filhos (biológicos ou não, bebês ou não, fisicamente semelhantes ou não) exigirão de nós esforço ininterrupto, sabedoria e abertura suficientes para suportarmos, aceitarmos e amarmos suas diferenças. Eles certamente nos ensinarão a amar e encontrar a beleza na realidade não sonhada...

sábado, 16 de fevereiro de 2008

ORAÇÃO DAS MÃOS DO CRISTO

Oração das Mãos do Cristo

Nós rezamos, e vemos muitas pessoas rezarem o Pai Nosso de mãos dadas.

Gostaríamos que refletissem sobre o profundo mistério que envolvem essas mãos que se unem:

A mão Jovem se une á mão velha e, entre elas, se cruza a mão eterna do Cristo.

A mão débil se une à mão robusta e, entre elas, se cruza a mão firme do Cristo.

A mão branca se une a mão negra e, entre elas, se cruza a mão santa do Cristo.

A mão trêmula se une à mão segura e, entre elas, se cruza a mão sustentáculo do Cristo.

A mão calejada se une a mão sedosa e, entre elas, se cruza a mão cravejada do Cristo.

A mão do médico se une à mão do doente e, entre elas, se cruza a mão ensangüentada do Cristo.

A mão do empregado se une à mão do patrão e, entre elas, se cruza a mão de mestre do Cristo.

A mão da ignorância se une à mão da sabedoria e, entre elas, se cruza a mão omnisciente do Cristo.

A mão pecadora se une à mão da graça e, entre elas, se cruza a mão do perdão do Cristo.

A mão da vida se une à mão da morte e, entre elas, se cruza a mão redentora do Cristo.

Lamentavelmente, somente mãos fechadas não se unem à outras mãos fechadas.

Mas, mesmo assim, entre elas, se cruza a mão aberta de Cristo!