quinta-feira, 26 de junho de 2008

O QUE TE FAZ MELHOR


Narra-se que Leonardo Boff, num intervalo de uma conversa de mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos, perguntou ao Dalai Lama:

"Santidade, qual a melhor religião?"

O teólogo confessa que esperava que ele dissesse:
"É o budismo tibetano. Ou são as religiões orientais, muito mais antigas que o cristianismo."

O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, olhou seu inquiridor bem nos olhos, desconcertando-o um pouco, como se soubesse da certa dose de malícia na pergunta, e afirmou:

"A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus.
É aquela que te faz melhor."

Para quem sabe sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, Boff voltou a perguntar:

"O que me faz melhor?"

"Aquilo que te faz mais compassivo; aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável...
A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião..."

Boff confessa que calou, maravilhado, e até os dias de hoje ainda rumina a resposta recebida, sábia e irrefutável.
O Dalai Lama foi ao cerne da questão: a religião deve nos ser útil para a vida, como promotora de melhorias em nossa alma.
Não haverá religião mais certa, mais errada, mas sim aquela que é mais adequada para as necessidades deste ou daquele povo, desta ou daquela pessoa.
Se ela estiver promovendo o Espírito, impulsionando-o à evolução moral e estabelecendo este laço fundamental da criatura com o Criador – independente do nome que este leve – ela será uma ótima religião.
Ao contrário, se ela prega o sectarismo, a intolerância e a violência, é óbvio que ainda não cumpre adequadamente sua missão como religião.
O eminente Codificador do Espiritismo, Allan Kardec, quando analisou esta questão, recebeu a seguinte resposta dos Espíritos de luz:

Toda crença é respeitável quando sincera, e conduz à prática do bem.
As crenças censuráveis são as que conduzem ao mal.
Desta forma, fica claro mais uma vez que a religião, por buscar nos aproximar de Deus, deve, da mesma forma, nos aproximar do bem, e da sua prática cotidiana.
Nenhum ritual, sacrifício, nenhuma prática externa será proveitosa, se não nos fizer melhores.
Deveríamos empreender nossos esforços na vida para nos tornarmos melhores.
Investir em tudo aquilo que nos faz mais compreensivos, mais sensíveis, mais amorosos, mais responsáveis.
A melhor Doutrina é a que melhor satisfaz ao coração e à razão, e que mais elementos tem para conduzir o homem ao bem.

* * *Gandhi afirmava que uma vida sem religião é como um barco sem leme.
Certamente todos precisamos de um instrumento que nos dirija. Assim, procuremos aquela religião que nos fale à alma, que nos console e que nos promova como Espíritos imortais que somos.Transmitamos às nossas crianças, desde cedo, esta importância de manter contato com o Criador, e de praticar o bem, acima de tudo.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

O MESTRE E O ESCORPIÃO



PARA REFLETIR:

Um mestre estava à beira do rio e tentava com uma varinha, tirar um escorpião que se afogava na água.

Uma pessoa passou e disse ao mestre:
"Por que o senhor está fazendo isso, esse escorpião ainda vai te picar e matar."

O mestre, tentando já pela terceira vez tirá-lo, respondeu:
"Eu jamais mudarei a natureza do escorpião e ele jamais mudará a minha."

Na minha opinião, o mestre quis dizer que cada um de nós tem suas virtudes, devemos respeitar as diferenças. Porém, devemos exercer atos de acordo com o nosso caráter e consciência, independente do comportamento do outro. E você? O que achou desta parábola? Comente!

Acrescento: não são as situações que nos aborrecem, e sim a maneira pela qual as vivenciamos, como nos comportamos diante delas. Bênção ou maldição, você decide.

"UM COM DEUS É MAIORIA".

segunda-feira, 23 de junho de 2008

ORAÇÃO

Senhor, ensina-nos:

A orar sem esquecer o trabalho;
A dar sem olhar a quem;
A servir sem perguntar até quando;
A sofrer sem magoar seja a quem for;
A progredir sem perder a simplicidade;
A semear o bem sem pensar nos resultados;
A desculpar sem condições;
A marchar para frente sem contar os obstáculos;
A ver malícias;
A escutar sem corromper os assuntos;
A falar sem ferir;
A compreender o próximo sem exigir entendimento;
A respeitar os semelhantes, sem reclamar consideração;
A dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever, sem cobrar taxas de recolhimento;

Senhor, fortalece em nós a paciência para com as dificuldades dos outros, assim como precisamos de paciência dos outros para com as nossas dificuldades;

Auxilia-nos, sobretudo, a reconhecer que nossa felicidade mais alta será invariavelmente, aquela de cumpri-Te os desígnios onde e como queiras, hoje, agora e sempre.

Emmanuel – Chico Xavier – Livro “A Semente de Mostarda”